segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sonhos e Desejos de Ano Novo

  2015 está acabando e, com ele, chegam nossos pedidos e promessas por um ano novo melhor. Muitos pedidos não são atendidos, muitas promessas não são cumpridas, mas não custa nada tentar.
  

  Essa é a época do ano em que o espírito natalino toma conta de nossos lares. Decoramos nossas casas com árvores de natal, bolas coloridas e demais enfeites, recebemos amigos e parentes que só encontramos nas festas de fim de ano e celebramos a data com troca de presentes, prolongados discursos de agradecimento e fartura de comes e bebes. É também o momento de pedirmos que o ano vindouro nos traga tudo aquilo que queríamos nos anos anteriores e até agora não temos.
  

  Os planos são os mais diversos. Celular caro, carro do ano, casa própria, noivado, casamento, loteria acumulada, aposentadoria... Tudo de bom e do melhor que se pode imaginar. Mas será que é tudo mesmo?
  

  Muitos de nós esquecemos de agradecer a Deus por estarmos vivos e com saúde em mais um ano. Dinheiro é bom, lazer também, mas não caem do céu. Conquistamos graças a consequência dos nossos atos. Estudamos e trabalhamos para isso. Temos onde morar, o que comer, o que vestir, como nos manter e ainda assim reclamamos da vida que levamos sempre querendo mais do que o muito que já temos. 
 
  E quem não tem nada disso? Como fica? E se estivéssemos no lugar de quem vive na rua, pedindo esmola, sem ter o que comer e dormindo em calçadas frias e esburacadas sem as menores condições de sobrevivência? São perguntas que merecem reflexão não só nessa época do ano, mas em todos os 365 dias do mesmo.

  Então façamos a diferença! Vamos desejar um ano novo igual para todos. Que possamos agradecer, perdoar, conviver em paz e harmonia, respeitando as pessoas e suas limitações. Dizer palavras como bom dia, por favor, desculpa e obrigado, acenar, sorrir, estender a mão e ajudar a quem mais precisa são gestos tão simples e nem imaginamos a grandeza que essas atitudes representam.


  
  Que 2016 seja um ano de boas novas, de boas ações, de menos pedras e mais flores. Que a ignorância da nossa renúncia dê lugar a disponibilidade do respeito e amor ao próximo. Afinal, todos somos humanos e filhos de Deus.

Feliz natal e próspero ano novo!



 

domingo, 6 de abril de 2014

Fora do tom

  Todos afinados? Então soltem a voz, preparem os ouvidos e aumentem o volume. Faremos uma rápida viagem no tempo para mostrar como os clássicos de antigamente perderam espaço para os sucessos de hoje. Vamos falar de música! 
 
  Nossa "radioterapia", musicalmente falando, começa por canções de melodia suave, caracterizadas
 por belos arranjos, pelo romantismo da letra e termina naquilo que chamamos de hits, com frases estranhas, repetições monossilábicas, termos vulgares em um só ritmo, uma só "batida" que alguns insistem em chamar de música.
 
  Os mais experientes logo vão lembrar de artistas que marcaram época e tem suas canções lembradas e cantadas até hoje. Já os jovens curtem o que há de mais atual. Qualquer que seja o lançamento de determinado cantor ou banda, logo cai na boca do povo. Em alguns casos, basta tocar na novela e pronto. Sucesso garantido.
 
  Em recente pesquisa, o signatário deste blog constatou que já não existem mais compositores como antigamente.

  Acompanhem e concordem, ou não. Ontem a Garota de Ipanema passou no doce balanço a caminho do mar, Sandra Rosa Madalena sorriu e cantou para que todos vissem seu corpo dançar sem parar e numa Festa de Arromba atravessaram a ponte com alegria de Juazeiro à Petrolina e viram que não há nada igual do Leme ao Pontal.

  Pois bem. Hoje estamos todos possuídos pelo ritmo Ragatanga! A Lacraia deu Beijinho no Ombro e montou na Eguinha Pocotó que contou de um até quatro e correu atrás das cachorras, das popozudas, fazendo Quadradinho de Oito e babando em velocidade cinco na Dança do Créu

  Aqueles que antigamente dançavam com seu "benzinho" numa sala de reboco, hoje só praticam subidinha, descidinha e na tarrachinha vão logo querendo tchutchatchá, fazendo parapapá, Lepo Lepo e tudo acaba em Lapada na Rachada.

  Perceberam que nessa metamorfose ambulante o nível baixou drasticamente?

  Era uma vez a boa e velha música popular brasileira.

 

Amazan - Música boa e música ruim - vídeo YouTube

segunda-feira, 31 de março de 2014

Zé Pinóquio

  Apresento aos amigos a história de Zé Pinóquio. Um cidadão brasileiro que nasceu no dia primeiro de abril.
 
  Filho de políticos, Zé Pinóquio nasceu em berço de ouro e foi criado no mundo ilusório imposto pelos pais. Nesse mundo, tudo era tranquilo, as pessoas viviam em paz e não tinham do que reclamar.
 
  O tempo passou, Zé cresceu e, assim como seus pais, ingressou na carreira política. Assumiu o governo da pacata cidade de Mentirópolis. Um lugar onde não havia violência. As pessoas podiam andar, estudar, trabalhar, viver com segurança.
 
  Lá os funcionários públicos ganhavam o dobro do salário. Trabalhando? Não! Era só elogiar o governo e falar bem do governante, mesmo que não houvesse motivo algum para isso.

  E a saúde? Hospitais organizados, limpos e bem equipados, médicos e enfermeiros capacitados e prontos para atender os pacientes com a maior boa vontade e um sorrisão estampado no rosto. Aliás, esse era o assunto mais comentado na cidade. Bastava alguém espirrar e quem passava por perto gritava: SAÚDE!

  Emprego bom era o dos funcionários públicos. Ganhando muito para mentir mais ainda! Foi aprovado um Projeto de Lei que presentava os habitantes de Mentirópolis com caríssimas bolsas de couro disso, pele daquilo, caco de vidro da marca "Diamante", agrados e mimos em troca de voto e do silêncio dos insatisfeitos.

  Depois de muito tempo, Zé Pinóquio, já com os bolsos e cofres cheios de dinheiro conquistado com suor e trabalho dos outros, deixou o governo, mas seu "legado" ficou para o sucessor. Afinal, alguém tinha que continuar fazendo jus ao nome da cidade.
 
  Essa é uma história fictícia. Qualquer semelhança com a realidade em que vivemos é mera coincidência.


 O signatário deste blog adverte: Mentira tem nariz comprido, perna curta e suas consequências provocam toneladas de peso na consciência.