domingo, 13 de setembro de 2015

Arco-íris

  Isso não é uma aula de pintura ou de moda, mas vamos falar de cores, estilos. Vamos falar de gente!

  Vestimos, usamos, pintamos tantas cores e mal sabemos o significado delas. Admiramos o Arco-íris sem saber ao certo quantas e quais cores o formam. Olhamos nos olhos de alguém nos perguntando se são verdes, castanhos ou azuis

  Nossa vida é uma grande aquarela. Vivemos numa diversidade de cores, crenças, estilos. Somos todos homens, mulheres, negros, brancos, pardos, héteros, homos... Somos todos seres humanos!
  
  O problema é que, na maioria das vezes, só conseguimos enxergar o preto. O preto do luto, o preto da cegueira, o preto do preconceito.
  
  Ficamos estarrecidos ao presenciar nossos próprios atos preconceituosos, racistas, homofóbicos. Gestos baixos e covardes cometidos por egoístas, sem escrúpulos, sem educação e sem cérebro, que se alastram aos montes como uma doença grave, contagiosa e incurável, visto que a impunidade serve como trampolim para que isso se repita.
  
  Nossa indignação só não é maior porque não somos maioria. Somos injustiçados por esses abusos? Sim. Mas sentimos orgulho de ser quem somos, o que somos e como somos. A tristeza e a revolta pela forma mesquinha e cruel como somos tratados existe, mas não é maior que o nosso amor próprio. 

  Mesmo que nos falte a visão, a audição, o braço, a perna. Mesmo que sejamos obesos ou desnutridos, loiros, naturais ou artificiais, com sorriso cheio de dentes ou negros banguelas. Mesmo que nos relacionemos com meninos ou meninas, que sejamos católicos, evangélicos ou de outras religiões, temos algo em comum. 

  Temos sangue correndo nas veias, um coração batendo dentro do peito e Fé em Deus, Jah ou Ala. Acreditamos que, mais cedo ou mais tarde, possamos nos confraternizar e nos reconhecer como amigos, irmãos, defensores incansáveis da bandeira da nossa liberdade e da nossa união
  
  Nossa única deficiência é não aceitar, nem respeitar isso.