segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O desabafo indignado de um brasileiro

Sou de Campina Grande, Paraíba. Moro em João Pessoa desde 2003 e fui eleitor do senhor Cássio Cunha Lima. Na época, empolgado e impulsionado pelo povo de Campina que apoiava e idolatrava o, até então, "menino".
Pois bem. Assim como os políticos mudam de aliados e adversários a cada campanha eleitoral, eu também mudei meu pensamento em relação ao ilustre citado acima.

Hoje o senhor senador, que foi recentemente vaiado e chamado de Golpista por um Parque do Povo lotado numa abertura de São João em pleno "curral eleitoral" dele, com a maior cara de pau do mundo e com a ficha mais suja que o seu rabo, surge no picadeiro que se tornou o Congresso Nacional, se fazendo de vítima, para sacramentar o maior golpe político da história deste país enquanto democracia.
Na política do poder a qualquer custo, quem paga é o povo brasileiro. E quando digo POVO BRASILEIRO não é apenas o povo mais afortunado, que tem casa própria e apartamento de luxo a beira mar. Não é apenas o povo rico que estuda em escola privada e faz faculdade particular.

Não é apenas o rico que mata o pobre e não vai preso porque tem influência e dinheiro para pagar a fiança. Não é apenas o filhinho de papai que esbanja ostentação desfilando sua soberba, acelerando e dando cavalo de pau em carros do ano, importados, conversíveis.
Não. É também o povo sofrido das periferias. O povo que trabalha dobrado para ganhar um salário irrisório e incompatível com o seu esforço diário. O povo que não tem emprego e sai pelas ruas a procura de um lugar ao sol. Povo que não tem de que se sustentar e assiste, com perplexidade, aos seus direitos serem ceifados a cada instante pelos senhores engravatados que ali estão e que só lembram de nós para pedir voto.
São 54.501.118 de brasileiros, sem contar com os arrependidos, apunhalados pelas costas pelos maus perdedores. Esse é o Brasil que vai pra frente?

Vídeo: Youtube

segunda-feira, 7 de março de 2016

Obrigado, mulher!

  Senhoras e senhores. Aproveito este espaço para fazer um agradecimento público.

  Obrigado, mulher! Obrigado por ser quem você é. Guerreira, determinada, sonhadora. Mulher de fibra e coragem, que luta para buscar seu espaço até conquistar seu objetivo.

  Obrigado, criança que brinca com sua boneca sem se importar que futuramente a vida não terá espaço para brincadeira. Menina que se dedica aos estudos na esperança de passar de ano, de se formar na faculdade e realizar o sonho de ser a profissional que almeja. 

  Moça que não sai da frente do espelho ao observar atentamente as mudanças no seu corpo e ao se produzir para curtir uma festa com amigos ou com o namorado.

  Obrigado, mãe que ama incondicionalmente seus filhos. Que cuida, protege, educa, aconselha, orienta e faz de tudo para vê-los felizes. Professora que prepara suas aulas com dedicação e entusiasmo, apresentando aos seus alunos a arte de ensinar e de aprender. Médica que atende um combalido, que opera um paciente em risco, que salva uma vida.

  Mulher que nunca sai de moda. Cresce, amadurece, envelhece, se renova.

  Muitas vezes incompreendida, injustiçada, agredida, humilhada, mas que não se deixa sucumbir diante da truculência e covardia masculina. Pelo contrário. Se fortalece e mostra seu valor. 

  Mulher que ontem era submissa, subalterna, cumpria a qualquer custo as ordens que recebia dos homens. Hoje é independente, dona do próprio nariz e exerce um poder de liderança perante a família e a sociedade. Se antes era tida como empregada, agora ela é chefe. Chefe de casa, chefe da família, chefe de Estado.

  Mulher linda! Por dentro e por fora. Mulher que, como um perfume, cuida muito da sua embalagem, mas é valorizada pela essência. Até os seus defeitos são tão perfeitos que se tornam virtudes.

  E pensar que um dia cantaram que mulher é o "sexo frágil". Frágeis somos nós, homens, que não sabemos viver sem ela.

  Que felizes sejam, não apenas o 8 de Março, mas todos os dias de todos os meses de todos os anos.  



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Todo carnaval tem seu fim.

  
  Chegou a quarta feira de cinzas!

  Momento de tristeza para aqueles que gostam de folia, de cantar e dançar atrás do trio elétrico, das orquestras de frevo ou das escolas de samba. Momento de alegria para outros, mais reservados, que preferem sossego e tranquilidade.

  A partir dessa data, a farra dos últimos quatro dias dá lugar a ressaca. Ressaca física, pelo cansaço em consequência do esforço provocado nos dias de festa. Ressaca moral, pelas bebedeiras, confusões, traições, pelo sentimento de culpa e consciência pesada.

  Chega de "alalaôs", "ziriguiduns" e "tra tra tras". Vamos todos colocar nossos ouvidos no lugar e esquecer essas melodias nada melodiosas com frases monossilábicas repetitivas, e letras vulgares e sem nexo. É isso que chamam de música?

  É hora de botar a casa em ordem. Tirar os colchões e travesseiros da sala, colocar os móveis no lugar, se despedir daquele parente "mala" que invade sua casa com um incontável número de pessoas tirando por completo a  privacidade alheia.
  
  Pois bem, senhoras e senhores. O ano começa pra valer agora. Vamos esquecer o confete, a serpentina, tirar a fantasia e encarar a realidade, pois esta vem sem máscara para facilitar, em ampla visão, os desafios e responsabilidades que teremos pela frente. 

  Brincamos, pulamos e dançamos. Agora é hora de botar a mão na massa, seja estudando, seja trabalhando, mas produzindo.
 

Feliz ano novo!