domingo, 6 de abril de 2014

Fora do tom

  Todos afinados? Então soltem a voz, preparem os ouvidos e aumentem o volume. Faremos uma rápida viagem no tempo para mostrar como os clássicos de antigamente perderam espaço para os sucessos de hoje. Vamos falar de música! 
 
  Nossa "radioterapia", musicalmente falando, começa por canções de melodia suave, caracterizadas
 por belos arranjos, pelo romantismo da letra e termina naquilo que chamamos de hits, com frases estranhas, repetições monossilábicas, termos vulgares em um só ritmo, uma só "batida" que alguns insistem em chamar de música.
 
  Os mais experientes logo vão lembrar de artistas que marcaram época e tem suas canções lembradas e cantadas até hoje. Já os jovens curtem o que há de mais atual. Qualquer que seja o lançamento de determinado cantor ou banda, logo cai na boca do povo. Em alguns casos, basta tocar na novela e pronto. Sucesso garantido.
 
  Em recente pesquisa, o signatário deste blog constatou que já não existem mais compositores como antigamente.

  Acompanhem e concordem, ou não. Ontem a Garota de Ipanema passou no doce balanço a caminho do mar, Sandra Rosa Madalena sorriu e cantou para que todos vissem seu corpo dançar sem parar e numa Festa de Arromba atravessaram a ponte com alegria de Juazeiro à Petrolina e viram que não há nada igual do Leme ao Pontal.

  Pois bem. Hoje estamos todos possuídos pelo ritmo Ragatanga! A Lacraia deu Beijinho no Ombro e montou na Eguinha Pocotó que contou de um até quatro e correu atrás das cachorras, das popozudas, fazendo Quadradinho de Oito e babando em velocidade cinco na Dança do Créu

  Aqueles que antigamente dançavam com seu "benzinho" numa sala de reboco, hoje só praticam subidinha, descidinha e na tarrachinha vão logo querendo tchutchatchá, fazendo parapapá, Lepo Lepo e tudo acaba em Lapada na Rachada.

  Perceberam que nessa metamorfose ambulante o nível baixou drasticamente?

  Era uma vez a boa e velha música popular brasileira.

 

Amazan - Música boa e música ruim - vídeo YouTube